O meu Feiciharakiri


Publicado:
No Jornal do Cambuci - Fev. 2012
No MUndo Mundano
No TUDA
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De repente me dou conta de que preciso ser sincero, não tanto aos meus princípios, mas principalmente às minhas irritações. Tentei tirar no bom humor o mau humor que o Feicibuqui me causa. A dúzia de amigos que leu meu último livro, suponho que tenha lido a crônica O Feici e o Guma, em que falo sobre essa superficial e fugaz forma de amizade.

Tentei tirar no humor, mas confesso que meu azedume, provocado pela irritabilidade típica da idade em que me encontro, me impede.

O Feicibuqui e tudo o que ele representa me aborrece de maneira muito especial. Sou um rabugento confesso. Não suporto aquele ambiente da superficialidade e do egocentrismo. A ferramenta "curtir" é a concretização cibernética da hipocrisia moderna. A pessoa curte , mas sem saber o que curtiu. É a média (e não mídia) digital.

Sofri um acidente, um pequeno acidente, mas que serviu como divisor de águas, como um momento de reflexão, como lente de aumento que me fez enxergar e pensar no que representa de fato uma rede como aquela.

Veja o amigo: escrevi uma crônica sobre o meu acidente e a postei diversas vezes lá no Feicibuqui; diversas, no intervalo de 7 dias. Cerca de 30 vezes no total. Foi a forma que achei de avisar às pessoas do que havia ocorrido, afinal... o Feicibuqui, os amigos ali reunidos...

Resultado: duas dezenas de pessoas "curtiram" a minha desgraça, sem ao menos ler. Sim, claro, pois se tivessem lido teriam comentado, e não curtido. Curtiram o quê, ô caras pálidas? Algo que nem leram, né? (Assim como também não lerão isto que escrevo agora).

Vamos ver quantos vão curtir este texto, sem ao menos ler. E isso é cômico ou trágico? Nem sei responder... Alguém aí que responda por mim.

Houve, claro, uma meia-dúzia de pessoas que leram de fato a postagem e comentaram o ocorrido. Porém, analisemos: tenho 520 amigos ali no Feicibuqui? QUINHENTOS E VINTE! E só 1% deles leu. De verdade.

Percebeu o absurdo? É a solidão em meio à multidão. Alguém já escreveu sobre isso.

Do que serve o Feicibuqui, afinal? Para se fazer amigos? Não se faz amizade assim, acabo de provar.

Então serviria para manter os amigos? Ora! Os meus amigos são amigos com ou sem Feicibuqui. Naquele ambiente superficial não se mantém coisa alguma, muito menos amizades, sejamos honestos.

Para se entreter, então? Mas se entreter com o quê? Com o diário de "pequenezas" que as pessoas postam ali a cada 5 minutos? "Fui na feira, tô no trânsito, meu filho fez cocô, um pernilongo picou minha nádega esquerda, almoço na minha irmã, estou sei lá onde..." É isso? É essa espécie de diário aberto da vida dos outros que usamos para nos entreter? Essa enxurrada de nada, e que sobressai às isoladas tentativas vãs, de alguns poucos, em trazer à luz qualquer assunto de maior relevância e conteúdo mais robusto?

Estou fora.

Permanecer ali seria uma luta inglória contra tudo o que eu não acredito. E pior: seria concordar, corroborar, ser cúmplice. Não tenho mais paciência pra forjar esse aço frio. Me sinto irritado e sem forças.

Não me acrescenta em nada, o Feicibuque. O tempo que dedico a ele, dedicarei a ler mais livros, a navegar pelos sites interessantíssimos que há na Internet, conversar com os amigos, enfim... a vida é curta para ser pequena, como garantiu Disraeli.

Bem, argumentam que o Feicibuqui serviria para se divulgar algo para uma plataforma grande de pessoas. E serve? Não serve. Provei isso também. No lançamento do meu último livro, depois de uma louca e intensiva divulgação que fiz ali, durante dois meses, recebi o mesmo número de pessoas na tarde de autógrafos que recebi na do primeiro livro, quando eu nem ao menos tinha Feicibuqui.

Aquele é o ambiente onde impera a comunicação genérica e rala, o entretenimento oco. É a vitória da aristocracia do vazio, que incrivelmente ainda (e mais do que nunca) faz tantos adeptos: é o BBB, a Luisa do Canadá, o Michel Teló, e o diário de efemeridades cotidianas de cada um, e tudo o mais (ou menos) que possa vir por aí.

Me perdoe quem gosta. Não é nada pessoal. É apenas um modus vivendi que não quero mais contribuir para fomentar.

Sim, admito. Estou amargo, cinzento e ranzinza, começando um 2012 duro e desanimado. Talvez seja isso mesmo.

O fato é que minha presença, e as coisas que escrevo fazem mal aos animadíssimos feicibuquers. Ou pior: não fazem nada, já que ninguém lê verdadeiramente nada que ali é escrito e que se apresente mais espesso e profundo que uma polegada.

Dispenso figurar nesse palco. Por favor, não me curtam.

Dou aqui e agora o meu grito de NÃO a essa forma moderna de relacionamento. Como um protesto, paro amanhã no fim do dia de Feicibuquear. Faço, convicto, o meu feicisuicídio, o meu feiciharakiri.

Alguns dirão para que eu não faça isso, pois, como quem se mata, posso me arrepender. Sim, posso. Porém, teimoso (se eu não fosse teimoso não seria escritor no país do BBB), farei assim mesmo.

Continuarei aqui na Internet, para os que gostam do que escrevo, que sabem que podem me achar pelo meu blog: www.oscausosdocruz.blogspot.com, trocar ideias comigo através do meu email: cancruz@terra.com.br, me telefonar, passar em casa, me encontrar na padaria pro café...

E quanto a você, que tem Feicibuqui, aproveite para avaliar quantos dos meus 520 amigos vão curtir, ou verdadeiramente acessar, aquela postagem.

Tchau.


Cesar Cruz
Jan 2012





18 comentários:

Júlia Simões . disse...

Concordo plenamente com a sua crítica ! E respondendo a sua pergunta, isso é trágico . As pessoas vão em "curtir" sendo que se tivessem gostado mesmo, teriam dito, por uma opinião se move por palavras e não um por um "clik" do mouse . Gostei muito da crítica e como disse, concordo plenamente . Um beijo, Júlia Simões .

Anônimo disse...

Lendo você me compreendo mais ainda...

Às vezes jogo algumas iscas no tal do facebook para ver se alguém morde e sobe para a superfície da vida.

Mas a maioria continua lá no fundo, na imensidão do vazio ignorante dos pseudo-pensadores que continuam curtindo coisas e adicionando amigos só para aumentar mais ainda o grande vazio da ignorância e da solidão.

Um grande abraço!

Francisco Dalsenter
http://muitomaisquesonhos.zip.net

Vanessa Cruz disse...

Amor,
Concordo com tudo que escreveu. Até nessa crônica você me fez rir.
Te amo muito e tudo isso vai passar!

Anônimo disse...

É como você disse, de trocentos amigos, meia dúzia apenas vai realmente ler e comentar. Alguns vão curtir sem ao menos ler, pois assim acham que você ficará menos desapontado! Infelizmente é assim, as pessoas vêem a ferramenta curtir como prêmio de consolação, é como se dissessem: "não li e nem vi direito o que você postou, mas curto em nome da nossa amizade!" rs.

Já adicionei seu blog aos meus favoritos.

Um abraço,

Dayana Mariano

Anônimo disse...

Caralho velho, que revolta maravilhosa e pensar que foi numa dessas que me tornei seu AMIGO ( Guerreiros Pó de Arroz). Vejamos: em meados de 2005 um conhecido meu me apresentou o orkut era o começo praticamente fiquei até meio orgulhoso de ser um dos primeiros a me cadastrar. Bom o tempo passa e na convivência conhecemos não só as pessoas mas as " coisas ", um belo dia estava eu no orkut e recebi um convite para fazer parte da comunidade da cachorra de alguém, da comunidade da " minha fifi " (aí eu pensei vai pra p... ), foi a gota, trinta segundos depois estava cancelado e liberto. Concordo plenamento com tudo que disse, mas mesmo assim não condeno quem ainda quer fazer parte, como diz a música " cada um no se quadrado ". Outra coisa, é difícil quem não tenha lá sua crença, religião, filosofia, seja o que for, pois bem, dentro da religião que adotei, não cabe aqui citar qual, umas das coisas que mais me impressiona ha anos é a tal da Lei da Afinidade, perceba, essa lei rege tudo e todos de maneira imperceptível e precisa e por ela se explica muitas coisas, inclusive tudo isso.
Então Cesar, combinemos o seguinte, continue sendo o porta voz de todos nós que ainda estamos na curtição da preguiça das manifestações que não fazemos e deveríamos.

abraços a todos - xara - ipiranga - sp-sp

Rodrigo de Moraes disse...

Fala César, concordo em partes com o que desabafou.
Em partes
Acho q o Feicibuque (como gosta de chamar) é só mais uma ferramenta, e Assim como uma ferramenta qualquer depende do seu utilizador pra dizer qual sua função. - Posso "martelar" um prego com um alicate ou com uma pedra, se eu precisar...

Enfim, acho um pouco extremista o desabafo, mas não tiro sua razão, assim como não tiro a razão de quem assiste e comenta sobre o BBB, por exemplo.
Já 'curti' dezenas de postagens, mas nenhuma 'curti' sem saber do que se tratava, uso como exemplo seu texto sobre o acidente, curti pra mostrar que lí, estava alí, só não comentei.
Sei o quanto é gratificante receber um comentário num texto de sua autoria, mas não comento tudo que leio.
Estou falando isso por mim, sei que existem pessoas assim como você descreveu.
Sei que não se trata de 'curtir' ou não 'curtir', porém o assunto em sí é muito mais complexo do que isso. existem milhares de variáveis quando tratamos com pessoas, inclusive com as 'pessoas' virtuais.

Respeito sua posição, e entendo pois isso passa diariamente pela minha cabeça, mas ainda não fui convencido a concordar plenamente.

Grande abraço
Rodrigo

Sueli Gallacci disse...

Cesar!

Como nos blogs, tbm no Facebook não comento nada sem ler tudinho, de cabo a rabo, não curto nada no sem ler! Isso vale pra vc e todos os meus amigos.

O que acontece comigo (veja que disse: COMIGO!) é que se torna impossível ler tudo que publicam, e como vc mesmo disse, o córrego arrasta tudo. Vc tem o hábito de re-publicar e isso tem me servido como lembrete, e te afirmo, tenho lido vc mais do que qualquer outro! Nem sempre comento, é verdade, aí entra minha falta de tempo.

Vc está correto quanto a superficialidade de alguns e percebo que o Facebook está se tornando igual aos blogs, onde se dá na medida que recebe. Bem, o egocentrismo ao qual vc se refere tbm rola por aqui, e como rola!!!
E há um bocado de egoísmos tbm.

Acho mesmo que os blogs são ainda piores, e isso de fato me chateou, me desmotivou e estou dando um tempo para refletir se eu realmente quero isso pra mim.


Exceto àqueles que só fazem número, felizmente (pra mim) tenho entre meus amigos no Facebook mais pessoas sinceras do que falsas. Talvez seja pq tenho poucos amigos, comparado a maioria das pessoas; e foram escolhidas ‘à dedo’ . Tive péssima experiência com os blogs, não quis cometer o mesmo erro. Vivo repetindo que menos é mais, sempre!

Em resumo, cada um é cada um e não podemos esperar que todas as pessoas tenham o nosso caráter, o nosso intelecto, a nossa gentileza, a nossa consideração, a nossa amizade... e por aí vai...

Encaro o Facebook como diversão apenas, procuro não levar nada tão a sério, somente publico fotos dos meus trabalhos para mostrar aos amigos, nem mesmo tenho clientes na minha lista.


Agora, me justificando (rsrs), talvez vc tenha lido no meu status que to fazendo um bico de babá por uns dias rsrs... Por esse motivo, só li suas crônicas agora, mas já to saindo... correndo!!!... rsrs. Vc sabe, curtir uma foto, uma frase, é muito mais rápido do que ler um texto.

Sinto muito pelo seu rompimento de tendão, já aconteceu comigo, sei o quanto dói e o quanto é sofrida a recuperação. Tbm passei por cirurgia e levei 80 dias para a recuperar-me. Mas passa, viu! Melhoras pra vc.

Um grande abraço!

Ps.: Se mudar de idéia, por favor, me re-adiciona, ok? Todos temos o direito de mudar de idéia rsrs

Marcello Fiore disse...

...não me lembro exatamente como ou quando nos conhecemos virtualmente, mas não será pela falta do FB que dexarei de olhar suas letras com o cuidado de sempre.

o ranzinzamento faz parte da experiência, e talvez falando por nós 2, também da nossa idade identica...

GRANDE ABRAÇO

PS. Cuidarei de comentar um pouco mais para saber que eu tenho passeado sempre por aqui...

Sueli Gallacci disse...

... complementando.
(agora tô assim, fazendo as coisas aos picadinhos rsrs)

Acho que 'curtir' no Facebook sem ler o texto é tanta sacanagem quanto comentar num blog e não se referir a uma letra do nosso texto!
Escrever 'adorei seu blog, passa lá no meu'... isso é de matar de raiva! rsrs.

Mas, te asseguro que a maioria lê, sim, e nem sempre comenta ou curte... por falta de tempo, por timidez, ou, pq não gosta mesmo do que escrevemos. Tenho uma porção de amigos que não ‘se manifestam’, porém, acabam comentando depois alguma coisa que escrevi, ou alguma foto que postei. Isso acontece por email, ou em outro comentário.

Por esse motivo, assumi a postura de não me importar, não aguardar com aquela costumeira ansiedade por um comentário. Como já disse tudo não passa de pura diversão, adoro bobagens, coisas leves... e volta e meia surto com algumas injustiças e desabafo... como todo mundo.

+ Abraços!

Unknown disse...

Cesar,
Concordo em parte com o que disse. Porque, no meu caso, sempre leio antes de "curtir" qualquer coisa. Foi assim que soube (e comentei) do seu acidente.
O feici deu uma boa impulsionada no meu blog; percebo pelas estatísticas que sempre que publico algo e posto no feici o blog tem um grande número de acessos.
Encare do seguinte modo: é como a TV; tem muito lixo, mas você tem o controle remoto (ou o mouse) nas mãos - pode mudar de canal ou desligar quando bem entender
Vou continuar acompanhando você pelo blog, e em breve lhe mando boas notícias sobre meu livro.
Abraços,
Edu Toledo
http://blogedu.vemproquintal.com.br/

Thais Petranski disse...

Concordo com o que você diz. Tudo é muito pequeno hoje em dia. Tudo foi banalizado, até as amizades. Saiba que não está sozinho nessa "furada". Sabe quantos livros eu vendi através do facebook? Nenhum.
As pessoas conhecem minhas unhas, minhas roupas, mas não o que eu escrevo.
Tô seguindo seu blog e assim manteremos contato.
Bjs e "descanse em paz" ;)

Thais Petranski disse...

Desde ontem fiquei bem intrigada com esse seu texto. Ainda mais agora, que acabo de disponibilizar meu livro em espanhol no Clube de Autores. É muita estupidez a minha, querer divulgar um livro que quase ninguém leu, num idioma que nem é o nosso. Cheguei à conclusão que não é uma rede social ou outra que cria esse vazio cheio de amigos. Somos nós. Nossa espécie sábia que economiza cérebro postando "tonterias" que acaba com nossa própria inteligência. E nós, os escritores de poucos, somos devorados por imagens estúpidas e afins. NInguém lê, ninguém compra, ninguém se importa. Tenho certeza que se fizessemos uma musiquinha tosca com um clipezinho medíocre ficaríamos ricos com a internet. Afinal, é disso que o povo gosta. Desculpe o desabafo.

Natália Cassiano disse...

Oi Cesar. Perdao, curti um link seu sem ler, pensei que fosse brincadeira...
Concordo com você sobre a efemeridade do facebook. O próprio Mark Zuckerberg criou a rede para que as pessoas pudessem xeretar a vida uma das outras de uma maneira fácil.
Tenho muito tempo ocioso no meu novo emprego no ibge, infelizmente. E para piorar, é cargo publico. Uma decepcao pensar que o que diziam sobre trabalhar para o governo é verdade. Aí fico no face, substitui o msn por ele. Tempo desperdiçado. E o pior é que você fica dependente daquilo, tem que checar todo dia.

Sinto pela fase ruim. Dias melhores sempre Vêm, tenha certeza.
Gosto muito desse texto do Mário Quintana

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Tais Luso de Carvalho disse...

Cesar:

Penso que os mesmos internautas que estão no Face podem ser os mesmos que têm blogs. O problema acho que não são as redes, os blogs, os sites; o problema está nas pessoas, aliás unicamente nelas. Existem pessoas que pensam que os comentários revelam o número de leituras do seu blog. Cesar, não é assim. A maioria dos leitores não deixam comentários. E devem ter suas razões. Eu leio textos em blogs que não deixo. Outros deixo.

Existem pessoas que lêem as matérias e outras que não têm esse hábito, que querem unicamente retorno. Todos sabem disso. Você sabe.

Não faço parte de nenhuma rede social, portanto nem fica bem estar falando nelas. É uma opção minha. E você ficar na espera de comentários não tem sentido. Escreva, você escreve bem, mas não espere ser lido ou comentado pelos seus 522 amigos, isso não existe. Escreva, poste. É simples. E divulgue seu blog com títulos sugestivos de pesquisa, pois os sites de pesquisa são os grandes divulgadores do nosso trabalho, como o Google, por ex.

Concordo que ninguém gosta do que acontece; comentários deixados quando a gente percebe que o texto não foi lido; gente que diz: passe no meu blog. Mas fazer o quê, Cesar? Isso existe, e daí? A Internet é um mundão com coisas positivas e negativas, e já é hora de saber disso tudo.

Eu venho no seu blog porque gosto muito de suas crônicas. E você nunca me pediu para comentar. O bom na Internet, é que tudo é democrático, escrevemos, lemos o que gostamos, comentamos ou não e pronto! Se o peixe for bom... cai na rede. Só notei que você largou um pouco o blog... Aliás, blog roda livre.
Gostei do novo modelito!

Beijo, fique em paz.
Tais Luso

ana disse...

Li todo o seu texto e devo dizer que fiquei dividida... Você está levando muito a sério algo que não deveria ter tanta importância assim. Como vc mesmo disse, há bons livros, bons sites, várias maneiras de buscar "cultura". Por outro lado, vejo muita bobagem no "feicebuqui", concordo com vc quando diz que as pessoas fazem do mural uma verdadeira agenda, postam as coisas mais bizarras possíveis, mas não gosto da generalização, acho preconceituoso tudo o que é generalizado.

Suzy Luz disse...

Oi Cesar,

Acabo de enviar um email para uma amiga, a Tais Luso do Porto das Crônicas, reclamando dessa forma moderna e superficial de relacionamento via Facebook. Compartilhei com ela as mudanças que fiz a fim de priorizar minha privacidade e de evitar a 'agenda de pequenezas' em meu próprio mural. Ela respondeu meu email com o link para este texto seu, e aqui venho somar meu desabafo ao seu. Tenho percebido muitos rostos, mas poucos amigos em minha página... Mas, no fim das contas, tenho que admitir que a rede social em questão foi criada justamente pra isso! Então, não jogo sobre a rede meu descontentamento. Ao contrário, tomo sobre mim a responsabilidade de selecionar quem entra e quem sai de minha página. Não cometi 'facesuicídio', tenho bons leitores e bons amigos que ficam sabendo de meus posts através do Facebook e de fato acessam, lêem, embora nem sempre se sintam à vontade pra comentar. Para mim, isso não é problema. Problema são aqueles que apenas fazem volume no que realmente importa e, quando aparecem, é para bisbilhotar, criticar, mandar alfinetadas sabe-se lá pra quem. Desses eu cansei e sem remorsos me livrei.

Gostei muito de estar aqui em seu blog, planejo retornar. Um abraço.

Vagner Barbosa disse...

Cesar

Li seu libelo contra o facebook e concordo 100%...se você é rabugento, eu sou um verdadeiro pré histórico.

Não me iniciei no facebook e nem aprendi sobre ele. Estou recuperando os caderninhos de anotação e indo na direção contrária. Menos é mais.

Você deveria ter mencionado também a falsidade dos cumprimentos no aniversário...no meu niver recebi dezenas de parabéns, absolutamente obrigatórios e formais, perfeitamente dispensáveis.

Deve estar fermentando em toda a parte um movimento de gente sensível e séria que em algum momento eclodirá e oferecerá uma alternativa a toda esta imensa MERDA que anda galopando a solta por aí.

Antigamente, tenho a impressão, a resistência era maior, ou mais explícita. Hoje, sinto-me isolado, apenas com a bruxa flutuando na zona de luz...

Só a verdadeira arte nos salvará!!!

Vagner

stheffania disse...

Eu gosto do facebook, mas também concordo com o que você falou, tem muita futilidade, e as pessoas realmente tem a mania de sair curtindo tudo, sem ao menos ler, o que é triste.
Desejo muito sucesso a você.
Abração.