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Charles Kiefer, um dos escritores brasileiros que mais gosto, afirmou categoricamente em seu blog, do seu jeito tão peculiar e direto, que só é escritor quem escreve livro. Já há tempos eu vinha me posicionando contrário a essa ideia. Não era a primeira vez que lia algo a respeito. Fiquei bravo. Bravo com a ideia. Bravo com ele. Por pouco não deixei de frequentar seu blog e de ler seus livros, tamanha bronca. Mexeu na minha ferida. Eu, um escritor sem livro. Então protestei, usando argumentos até certo ponto bem fundamentados.
Samuel Coleridge afirmou que "A luz da experiência de um homem é semelhante a da lamparina na popa da embarcação: clareia apenas os mares deixados para trás". Eu, um novato no ofício, não quis dar ouvidos à experiência de um veterano com mais de 30 livros publicados no Brasil e no exterior, e os maiores prêmios da literatura brasileira no currículo. Preferi me manter guardião do meu ego inflado, esse inimigo que nos devora as pernas, impossibilitando-nos de galgar patamares mais altos.
Kiefer tinha razão. Quase um ano depois, sou forçado a admitir que escritor é, de fato, quem escreve livro. Só agora entendi o porquê, o motivo fundamental e primordial daquela afirmação aparentemente tão segregacionista. Não se trata de segregação. A mãe só é mãe quando, verdadeiramente, cria um filho. É como o carvão, que só se transforma em diamante quando submetido a pressão e calor. Agora, e só agora, que estou passando por este fogo, posso entender o que Kiefer quis dizer. Por trás da letra, oculto nas entrelinhas do que ele escreveu, está o cerne da questão: o processo, este professor. É só ele, o esmagador processo de se criar e publicar uma obra completa, que transformará alguém que escrevinha por prazer em verdadeiro escritor.
Começa no instante da decisão, nos primeiros rascunhos do projeto, passando pelas primeiras revisões e ajustes, pelos profundos mergulhos na alma do texto – que só então mostrará suas fraquezas e fragilidades –, pela diagramação, escolha de fontes, da capa, os agradecimentos, dedicatórias, as negociações com a editora, o passar dos dias, das semanas, dos meses, o nada-acontece, as dúvidas, a busca por apoiadores, os planejamentos para o lançamento, as mudanças repentinas de rumo, a solidão, os abandonos, os silêncios, os nãos, as noites mal dormidas, a cerviz curvada, as dores nas costas, a vista ardendo das leituras e releituras sem fim, no silêncio da madrugada, o revisar, revisar, revisar, revisar... Ah, o revisar!
O homem que empunha a caneta – ou o teclado – e quer transformar seus escritos embrionários em matéria reluzente, digna de ser posta a prova, forjada ao limite, pronta a vir à luz, a virar livro, enfrentará essa gestação longa e complicada, esse desafio hercúleo, esse caminho tortuoso, repleto de labirintos, meandros, armadilhas, decepções e solilóquios... infinitos solilóquios.
Começa no instante da decisão, nos primeiros rascunhos do projeto, passando pelas primeiras revisões e ajustes, pelos profundos mergulhos na alma do texto – que só então mostrará suas fraquezas e fragilidades –, pela diagramação, escolha de fontes, da capa, os agradecimentos, dedicatórias, as negociações com a editora, o passar dos dias, das semanas, dos meses, o nada-acontece, as dúvidas, a busca por apoiadores, os planejamentos para o lançamento, as mudanças repentinas de rumo, a solidão, os abandonos, os silêncios, os nãos, as noites mal dormidas, a cerviz curvada, as dores nas costas, a vista ardendo das leituras e releituras sem fim, no silêncio da madrugada, o revisar, revisar, revisar, revisar... Ah, o revisar!
O homem que empunha a caneta – ou o teclado – e quer transformar seus escritos embrionários em matéria reluzente, digna de ser posta a prova, forjada ao limite, pronta a vir à luz, a virar livro, enfrentará essa gestação longa e complicada, esse desafio hercúleo, esse caminho tortuoso, repleto de labirintos, meandros, armadilhas, decepções e solilóquios... infinitos solilóquios.
Por fim, escrever um livro, ser verdadeiramente um escritor, não tem relação direta com escrever bem ou mal, mas com enfrentar impávido o fogo e a pressão deste peculiar inferno, e sair vivo do outro lado, com o filho debaixo do braço, impresso.
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Cesar Cruz
Maio 2010
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Links relacionados:
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20 comentários:
Que batalha é escrever né?
Na minha opinião, não existe escritor bom sem inspiração.
Ainda bem que você tem inspiração! rs!
Beijos Mara Ruzza
Cesar, obrigado pelo seu e-mail com o aviso da postagem. Acredito que seu livro a ser lançado será um sucesso.
Afinal, tudo que ardentemente desejamos acabamos, um dia conseguimos.
abs
Caldas
Amigo Cesar,
É sempre bom vir aqui para ouvir os teus causos; mas, desta vez, fico com "A pressão e o fogo", artigo sobre o livro do Charles Kiefer, escritor gaúcho, com quem cruzo, vez por outra, em alguma livraria aqui de Porto Alegre, principalmente na Palavraria, da rua Vasco da Gama.
Sobre esse seu artigo, de excelente qualidade, própria de quem é afeito à linguagem da literatura e aos seus meandros, tenho a dizer que concordo com você, mas apenas com o que diz sobre o ser escritor, na sua primeira parte de "A pressão e o fogo", como discordo do Charles Kiefer, quando diz que só é escritor quem escreve livro.
Explico-me: embora Kiefer esteja também na Internet, leva para o livro impresso a 'qualidade de escritor' como sendo a única forma de escrever-se livros, sejam eles romances, contos, crônicas, poesia, ensaios etc, ignorando as novidades justamente da Internet, que logo estará deixando as livrarias e bibliotecas como coisas de museu. É só esperar um pouquinho que veremos essa nova realidade.
Muitos são os motivos que levam o escritor Charles Kiefer a pensar como pensa, no que tange a ser escritor: quando escreveu o seu primeiro livro nem sonhava com a Internet; veio duma pequena cidade do inteiror e foi recebido de braços abertos pelos leitores, principalmente gaúchos; viveu ,com isso, um sonho inimaginável, é óbvio; passou a lecionar em 'Oficinas', sempre visando o livro escritor em papel (jamais poderia ter pensado em livro escrito em chips para ler lido numa tela de computador); Kiefer quer defender o ínfimo espaço restrito a pouquíssimos 'escritores de livro de papél', para não sair dessa redoma quase inalcansável pela maioria de escritores anônimos; terá assim seu ego resguardado, pois, para ele, quem escreve ou escreverá para a 'telinha' – e não para o papel – não passará de lixo; imaginemos Joyce nos tempos atuais levando o seu Ulisses para este meio de comunicação ao invés do papel: Ulisses seria lixo?
Ademais, caro Cesar, quando falamos de artistas, dentre eles os escritores de ficção, estamos também falando de vaidades, que, aliás, são bastante ascentuadas nos que escrevem literatura no papel; ninguém poderá dizer que Kiefer não sofre desse mal das vaidades; lembro-me que escrevi no meu blog (Panorama) o artigo intitulado SERGIO FARACO – VIDA E OBRA, no qual dei início a uma campanha, aqui no Estado, para que o Faraco se candidatasse a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, e recebi um e-mail (resposta) do Kiefer me perguntando se o Faraco sabia dessa minha intenção, aduzindo: eu (Kiefer) não aceitaria pertencer a ABL; Cesar, será que o Kiefer rejeitaria essa honra?!
Segundo, na minha mais recente postagem (Cartas: José Veríssimo/Machado de Assis) disse que José Veríssimo nasceu em Óbitos, Estado do Pará, mas sei que apenas essa referência não poderá tirar dúvidas quanto o possível parentesco entre ele e o grande romancista brasileiro Érico Veríssimo e seu filho, o genial cronista Luis Fernando Veríssimo, pois os imigrantes, que para vieram para o Brasil, mesmo parentes, ficaram espalhados, muitos deles, nos mais variados pontos do nosso país. Mas o fato é que nesse caso,
sobre o parentesco dos três Veríssimos, não se aplica essa tese: José Veríssimo, o crítico literário brasileiro mais importante, não tem qualquer vínculo de sangue com os Verissimos gaúchos – pelo menos com base nos registros constantes na História da Literatura.
Um forte abraço,
Pedro.
Oi, César: estava escrevendo uma matéria para o ‘Das Artes’ quando o Pedro me disse – lá da sala dele – para que eu desse uma lida em tua última postagem, por sinal muito boa. E aqui estou, também, não concordando sobre ‘só é escritor quando escreve um livro’.
Como escrevo crônica, leio muitas crônicas em livros, jornais, revistas e Internet, de excelentes escritores que não lançaram um livro sequer. Então, como deveríamos chamá-los? Cronista, colunista, contista... Mas são o quê? Contista de jornal? Cronista de revista? Pô, que discriminação!
Acho o seguinte: escritor, escrevedor, escrevinhadeiro, escrevinhador, escriba são pessoas que escrevem. Agora onde escrevem é outro problema. Livro, jornal, revista ou Internet são os meios pelos quais esta pessoa escreve. Como antigamente não tínhamos tantos ‘meios’ e tanta tecnologia que temos hoje, o escritor era aquele que escrevia livro; só existia livro de papel. Têm editoras por aí pegando textos da Internet e convidando os escritores para lançarem livros!
E sabe de uma coisa? Acho que o que deveria preocupar aos que escrevem é o texto, a idéia a transmitir, a forma, a gramática e o estilo. O resto, Cesar, se é livro, jornal, blog, revista, site... Se quem escreve algo, se for lido, se conseguir chegar às pessoas e bater nas suas emoções, é o que satisfaz aquele que escreve. O meio pelo qual traça suas linhas, satisfaz a uma única pessoa...
Este teu texto dá pano pra manga, amigo! Mas deixo aqui o que penso.
Bjs
Tais Luso
Queridos Tais e Pedro,
Obrigado pelas enriquecedores comentários! Quisera eu escrever como vocês. Sinceramente, como disse ao final da postagem, não se trata de uma questão de qualidade, mas de um processo concentrado que eu, verdadeiramente, desconhecia, o de se tentar publicar um livro.
Boa parte de tal processo nem tem a ver com escrever, mas com negociar, se expor, se vender, se isolar... Acho que tudo isso enriquece e transforma, de forma única, em especial no que se refere aos olhos que passamos a lançar sobre os próprios escritos, quando pretendemos publicá-los em livro. Parece que os defeitos e fraquezas emergem!
Quanto à vaidade, Pedro, ah...! Quem está livre dela! Pecado capital! ahaha! Eu mesmo vou para esse inferno!
Um beijo aos dois amigos,
Cesar Cruz
Li o seu post e o do Kiefer. Discordo dos dois. Acho que vc deveria manter sua posição discordante, senão será sim um segregador. Quem escreve sempre, como você mesmo disse na ocasião, é escritor.
É a minha opinião.De qualquer forma, o assunto é pôlemico. Publica no jornal pra ver a repercussão.
Luis Daleno
Cambuci, S.Paulo
César Cruz
Eu que só leio e não escrevo nada, de certa maneira me sinto distante dessa briga boa. Como leitor, me parece rezoável essa linha de pensamento. É verdade mesmo, aqui dentro de mim, não consigo imaginar um escritor que não venha a escrever um livro, em algum momento da sua vida. Se se considera escritor, se escreve sempre mesmo, por prazer, ou por ofício, em algum momento vai ter vontade ou vai se sentir desafiado a publicar um livro.
Mudando de assunto - li sua cronica Achaste Mel no jornal do bairro. adorei! Foi feia a sua atitude avarenta, mas digna a sua atitude de confessar sua fraqueza, em público, no jornal!
abraços
Ilza Parra
Noooossaaa! Adorei a imagem que você pos! Poderosa!
bjin, Carla
Como a Ilza aí em cima, eu tb só leio. Nunca quis me meter a escrever. Acho que para quem só lê, como eu e ela, é mesmo estranho imaginar um escritor sem livro. Fica que nem um santo sem milagre! Um dia o escritor tem que ter um livro, mesmo que não comece a carreira com um. Acho que o livro já é um momento mais a frente para quem é escritor.
Essa é a minha opinião.
POnha uma enquete! Sabe com o fazer? O bloguer da essa opção!
bjo
Maria Fernanda Rossi
(sua fiel leitora do jornal)
Bom Dia, Cesar!
Com certeza o prestigiaremos no lançamento.
Agora só quero reler com mais calma, abraços e muita saúde p/ você , esposa e filha...
Erenilson
Amigo Cesar,
No que diz respeito à vaidade, todos estamos à sua mercê; até quando fazemos algum tipo de doação; uma ajuda qualquer leva-nos a esperar um contraprestação; se nos atentarmos um pouco veremos que estamos à espera de uma espécie de 'reconhecimento', como, por exemplo: - Que pessoa despreendida ela é; que belo exemplo de cidadania, o seu ato, sempre pensando nos menos favorecidos etc. Espera-se isso, tenho certeza, pois o ego precisa ser alimentado.
E, no que tange ao livro, que ainda não passa de uma rascunho (os originais) para ir ao prelo, concordo contigo que ele tem um trajetória interessante, que vai aos poucos fugindo do controle do escritor para ficar sob o domínio de quem vai imprimí-lo, depois sofre outra metamorfose, quando vira mercadoria, e se faz necessário um bom distribuidor, que tenha meios de distribuir essa obra de arte nos centros mais importantes, de preferência em todo o país; tarefa árdua e nem sempre possível para quem não tem um nome nacionalmete conhecido, como ocorre com a maioria dos nossos escritores.
Conheço razoavelmente bem esse processo por ter tido a sorte de ter como amigos dois dos mais importantes escritores modernos do país:
ROBERTO GOMES, catarinense que se formou em Filosofia em Curitiba, PR, e de lá nunca mais saiu; escreve sobre filosofia, contos e crônicas, mas o seu forte mesmo é o romance;
o outro é o SERGIO FARACO, gaúcho - também amigo do Roberto Gomes -, que há anos reside em Porto alegre; no meu entender, o Faraco é o mais importante contista brasileiro dos tempos atuais.
Um forte abraço,
Pedro.
Cesinha, meu brother!
Me avise do lançamento! Faço questão de prestigiar! Quanto a esse bate-boca sobre o que caracteriza um escritor, prefiro ficar de fora. Sou no máximo um leitor. E muitas vezes preguiçoso. Escreva uma crônica sobre os caras que covardemente abandonam os livros pela metade (eu)!!!
abração,
Danilo (da academia)
Cruz, fiz oficina literária com o CK, a quem devo as primeiras diretrizes literárias. Ele nos ensinou a não sacralizar o texto. E acho que devemos dessacralizar o autor também. Com certeza a questão é polêmica. Não tenho a reposta pronta também.Colocarei alguns elementos pra ajudar na discussão. Pintor é quem pinta ou quem vende quadros? Pergunte a Van Gough e aos artesãos que vendem na Praça? Cantor é quem grava disco ou quem canta na Galeteria? Escritor é quem escreve ou quem publica? Atualmente publica (com exceção dos gênios ou apadrinhados) quem pode bancar a edição do livro. Pergunto: é escritor quem escreve ou quem pode pagar? A literatura não tem casos de autores que tiveram maior parte da obra publicada postumamente? Kafka? F. Pessoa? Acho que quem escreve, escritor é. Existe escritor inédito e escritor publicado. Não ocorre uma mágica que o transforma em escritor somente depois de ter um objeto material na mão que pode ser comprado, chamado de livro. Claro que o objetivo é publicar e ser lido. De toda forma há que se repensar o assunto pois com a internet e os e-books ninguém tem tanta certeza assim do que vai acontecer. Abraço! E parabéns pelo livro para você que já é um escritor!!!!
Sim, escritor tem que ter livro. Vários, inclusive! Blog, artigo em jornal, etc, desconsidero. Não que não tenha valor, não é disso que estamos falando. Mas sem livro não e escritor. Definitivamente. Concordo.
Bj
Silvia
Cruz
Li sua postagem, li os links relacionados e li também todos os comentários dos teus leitores. Não escrevo coisa alguma, senhor Cruz; nem bilhete no papel de pão. Entretanto, leio. Leio desde moço. Leio muito. Como leitor, sinceramente, acho que escritor sem livro não é escritor. Por um tempo, no início da carreira, pode até ser, mas imagine alguém que começa, por exemplo, a escrever aos 25 anos. Os anos passam. O sujeito escreve artigos, resenhas para jornais, revistas, contos, crônicas, romances, novelas etc... Tudo sem publicar um único livro. Então morrerá, aos 74 anos. Dirão o quê? Como será seu epitáfio? “Aqui jaz o escritor José da Silva, que, apesar de escritor, nunca escreveu um livro”. Pode isso? Faz sentido? Lamento muito, mas não faz.
Leonel Seringatti
Ipiranga, Capital
Oi!
Obrigada pelo comentário no meu blog :)
Respondendo à sua pergunta: não vou ser médica não. São as minhas duas irmãs que fizeram/fazem medicina. Eu estudo Direito. Mas, para ser sincera, eu odeio o curso... Então não pretendo seguir a profissão.
Li o post, parabéns pelo livro! Imagino que deva estar muito feliz e orgulhoso! Na minha humilde opinião de aspirante à escritora, acho que seria uma realização e tanto poder publicar um livro!rsrs
Sua pergunta é difícil... Diria que escritor é quem escreve livros, mas há tantos escritores que só foram publicados depois da morte... Talvez escritor seja quem consegue ser lido! rs.
Beijos.
Caesar Cruz,
parabéns pelo pequeno ensaio e pelo livro. Sucesso. Tenho interesse em adquirir um exemplar quando lançado. Eu também tou pensando em ser escritor de verdade, rsrs. Tou reunindo material para um livro de contos. Vou aproveitar alguma coisa do Confraria Tarantula.
Agora se vc aí em Sampa vive suas agruras por conta do livro, imagine eu aqui na distanteresina.
abs,
Joao Luiz
Cesar,
Esta discussão em alto nível, felizmente, sobre como se enquadra a figura do escritor, serve para que não deixemos de discutir a literatura - que não deve morrer -, embora os veículos que venham a levar as histórias aos leitores possam ser os mais variados, o pergaminho, inclusive.
O que eu gostaria de deixar claro é que não deixarei de comprar livros escritos em papel, mas também estarei aberto para quaisquer inovações sobre o 'condutor' das histórias, que os escritores usarão para contá-las aos seus leitores.
Por fim, voltando ao caso do Charles Kiefer, que é objeto do seu artigo, que afirma que só é escritor quem escreve livro tradicional (impresso em papel), reitero minha posição, expressa no meu primeiro comentário, mas isso não quer dizer que eu esteja tirando o estímulo de quem esteja escrevendo ou venha escrever nessa forma tradicional, apenas me nego a aceitar que somente seja considerado escritor quem use esse veículo.
De resto, quem decidirá como serão os livros num futuro próximo, certamente não serão os escritores e tampouco os editores e livreiros, mas sim os leitores, para os quais os livros são escritos.
Um grande abraço,
Pedro.
Caro Amigo César
Conheci-te através do Porto das Crónicas da nossa Tais. Vim ao teu blogue e gostei. Convido-te, por isso, a visitar a Minha Travessa e seres seguidora seguidor dela, o que desde já te agradeço. Desculpa a chatice que te possa causar este ‘tuga desavergonhado. Também ando pelo Facebook, o que quer dizer que estou aposentado, mas vivo. E tão bem disposto quanto seja possível…
Abs
Escritor é todo mundo que "cria" inventa histórias, conquistas leitores...
Muitos escrevem livros, e não tem sucesso, pois sõ péssimos escritores, portanto....serão escritores, só pq publicaram um livro? claro q não..
vim te visitar através do blog da Taís, e adorei estar aqui, já estou te seguindo.
irei votar na tua enquete.
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