A minha experiência gay


Esta crônica é parte integrante do livro 
"A Idade do Vexame & Outras Histórias" - Pontes Editores  

Crônica publicada no Jornal do Cambuci
portal Mundo Mundano.
Revista Eletrônica Tuda
Portal Página Cultural

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Nunca mais a minha vida será a mesma. Tive uma experiência gay. Sim, gay. E chego a conclusão de que não é fácil ser gay neste país. No fundo dói, como você pode imaginar. Bem, aconteceu, fazer o quê. E foi com meu amigo George, o G. — pelo menos foi com alguém em quem eu confio. Com a permissão dele, vou contar tudinho, a gente precisava mesmo se abrir.

Comecemos pelas preliminares:

Como nossas mulheres tinham um compromisso naquela noite, resolvemos, eu e ele, ir com a Michele, minha filha, e com a Duda, filha dele (três e dois anos, respectivamente) passear no shopping SP Market, aqui em São Paulo.

A Michele e a Duda são meninas negras, e eu e o G., pais brancos. Por si só nossas famílias já atraem os olhares das pessoas, pois fica evidente que se trata de adoção. Eu já estou bem acostumado com isso, e imagino que o G. também. Mas o que não estamos acostumados, o que nem ao menos podíamos suspeitar quando inventamos de ir ao shopping com as duas, era que iríamos parecer, inapelavelmente, um casal gay.

O detalhe é que havia em torno da situação um número razoável de agravantes colaborando para firmar nossa vocação de casal feliz: As alianças na mão esquerda, estarmos vestidos de bermudas e camisetas-machão (aquele modelo enrustido, que não teve a coragem de sair do armário e ser uma verdadeira regata), o G. ser gordinho e peludo, e eu careca e taludo, e o pior: o fato das meninas adorarem andar de mãos dadas, o que nos obrigava a ficar cada um numa ponta com as duas no meio.

Sacou a cena? Feche os olhos e visualize. Viu? Confessa aí. Até você que se faz de politicamente correto, mas no fundo é um grande sacana, iria cutucar sua mulher e dizer “Veja, amor, que lindo aqueles maridinhos!”. E ela diria, com um beliscão na sua barriga “Não seja besta, Jorge! É lindo mesmo, você que é um bruto!”.

Estacionamos os carros e entramos no shopping.

— Ferrou, G. — eu disse, logo que dobramos o quiosque do Mac Donalds.

— Ferrou o quê? — ele perguntou, inocente.

— Estão achando que somos um casal gay.

— Quéisso... Será?

Sua dúvida durou apenas um instante. Um brevíssimo instante.

Tudo ficou óbvio quando passamos pela Copenhagen e cruzamos com uma velhinha de cabelos lilás, que juntou as mãos sob o queixo e sorriu docemente, a cabecinha se inclinando, acompanhando com um olhar cheio de amor a nossa linda família passar.

O que faríamos? Nada. Nada a fazer. E tínhamos duas horas pela frente. E agora que já tínhamos entrado no shopping, seria impossível tirar as duas dali em pleno mês de Natal e Papai Noel.

E lá fomos nós, shopping adentro, caminhando convictos de nossa macheza. Eu não me atrevia nem a olhar para os lados, mil olhos sobre nós. As pessoas cochichando, disfarçando. Eu quase podia ouvi-las “olha ali, Antunes, mas sem dar na cara! Disfarça, Antunes!”; “Não olha desse jeito! Eles vão achar que você também é, Wanderlei!”; ou os seguranças: “Q.A.P, Reinaldo na escuta?” — “Prossiga Q.A.P!” — “Disfarça e dá um bico no casal de bonecas que vai passar aí em frente à C&A, câmbio!”

Diante da situação que se apresentava, passamos de repente a falar grosso, defesa inconsciente de nossa masculinidade ameaçada. Quando dei por mim eu estava dizendo palavrões, coçando o saco, andando de pernas abertas — para não rebolar —, soltando tapas nas costas do G. e dizendo “Aê, meu velho!”. Até um cuspe de macho dei na lixeira, fazendo cara de mau.

No entanto, qualquer esforço para parecer menos passivo resultava em nada. O quadro parecia se agravar a cada corredor... Sim, porque se a senhora acha que todos os homossexuais são iguais, se engana, minha senhora! E o pessoal do shopping parecia saber muito bem disso. Já deviam estar achando que fazíamos o tipo gays-machões, estilo Village People.

E o tempo não passava...

Paramos para jantar, depois andamos pra lá e prá cá tomando sorvete (vai vendo), mais adiante nos encostamos num quiosque pro café expresso...

Acabou? Não.

A Michele precisava de um tênis, e lá fomos nós. Uma legítima família às compras. Eu provando o tênis na Michele e o G. correndo atrás da Duda que queria derrubar tudo pela loja, e todo mundo olhando, e os vendedores em grupo, com as mãos em frente às bocas, todos os olhos na loja sorrindo, inequivocamente.
Então, duas mulheres, mãe e filha, supus, provando suas sandálias e sem conseguir disfarçar a mórbida curiosidade, me sondaram:

— Que lindas, quais os nominhos delas? São irmãs?

E eu, já de saco cheio depois de duas horas de massacre, engrossei a voz e disse:

— Não, minha senhora. Elas não são irmãs. E esta aqui é a Maria Eduarda, filha dele com a mulher dele. E essa é a Michele, minha filha com a minha mulher!

Pois é, amigo... A gente brinca com essas pequenas desgraças, mas a verdade é como eu disse no início: no fundo, dói.


Cesar Cruz
Dez 2010


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Texto relacionado - Os olhos dos outros
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34 comentários:

Diogo Didier disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk...imaginei cada cena e tive um ATAQUE de riso! Realmente, como você bem disse, é dificil ser gay no Brasil. Ainda há muito preconceito e estranheza nos olhos da sociedade, mesmo essa que prática remonte à épocas imemoriais.

PARABÉNS PELO POST!

EMERSON ARAÚJO disse...

Cesar, meu caro, você continua com um olhar aguçado sobre o nosso dia-a-dia. Que sacada, cara, será que o mundo é gay e nós não sabemos ainda? Ou a homofobia é uma doença que se manifesta na próxima esquina? Ainda bem, meu velho, que temos a palavra nas veias para combatermos todos os preconceitos. Parabéns, pela sacada inteligente, pela crônica inteligente!

ANTONIO CARLOS CALDAS disse...

Cesar, me diverti muito com sua experiência....parabens muito bem escrito
grande abraço
Caldas

Gabriel Fernandes disse...

Porra, meu! Ainda bem que não vi o casalzinho passeando no xópingue de mãozinhas dadas. Certamente eu iria chamar a "Turma da Paulista" pra dar umas porradas em vocês. Imaginei você chamando a Mi: Venha cá, filhinha, venha com a mamãe, meu docinho! E o G: - Cé, minha flor, você mima demais essa menina! Hilário. Parabéns.
Gabriel

Caca disse...

É, grande César, em literatura a gente se diverte demais, mas na realidade é duro mesmo esse entulho de preconceitos que ronda as cabeças de nossa esmagadoríssima maioria de pessoas, sem distinção de cor, credo ou classe social.

Estou lendo o livro Criação Imperfeita, do Marcelo Gleiser e ele fala, estudando o universo e nossas origens, que temos uma tendência (que não se sabe de onde vem) de vermos e querermos simetria em tudo. Só o que é belo e "normal" não nos incomoda. Juntando a isso o contrato social desde Rousseau, tendemos a padronizar normalidades e simetrias. Não acho com isso, que os preconceitos se justifiquem naturalmente, mas que existem em larga escala, taí voce sentindo na pele. rsrs.

Grande crônica, meu amigo! Abração. paz e bem.

Carolina fomin disse...

kkkkkkkkkkkk

Meu marido já viveu uma cena semelhante com um amigo.... e o melhor, eu presenciei a distancia pois estava no mesmo shopping, porem metros atrás.... Ele não se deu conta e demorou a perceber porque as pessoas olhavam tanto para ele especialmente naquele dia??

Boa cronica!!! adorei!!!

Anônimo disse...

Espetacular

"...menos passivo..." (???) deixa pra lá...
seguinte cara, se eu, estivesse nessa situação, não tenha duvida nenhuma, colocava até banca pra conversar com a população, se liga pra isso??? ahahaha... o dia que Vc ver como vou ao shopping, tipo assim: chinelão (havaiana que é a melhor), berma de uma semana, camisa de dormir (suada) e minha noiva toda peruinha...

tudo bem, tudo bem, admito que o contexto seja diferente, mas mesmo assim... dane-ne, se lixe pelo que o povo ache, embora mereça respeito, desde que produtivo.

quanto aos homossexuais, os admiro muito, mas muito mesmo, são muito sensíveis e não são H I P Ó C R I T A S (o que é a pior coisa que alguém pode ser), quanto ao preconceito sem comentários né? só indica a geração de símios que ainda somos, no mais ... abraços a todos

xara - ipiranga - sp-sp

Unknown disse...

OI, muito boa sua cônica, já passei por isso com uma amiga em um restaurante, na ocasião ela cortou a carne para mim e me serviu carinhosamente arrumou meu cabelo que atrapalhava meus olhos e a minha alimentação.
Na ocasião uma senhora falou: que falta de respeito, querem ser lésbicas vão em lugar escondido, não somos obrighados a ver essa pouca vergonha.
Na verdade o fato era que, eu tinha passado por uma mastectomia bilateral radical, não podia mexer muito os braços e o pior estava com os drenos dentro de uma bonsinha para não deixar as pessoas enojadas durante o almoço......deveria ter mostrado para aquela senhora os drenos, quem sabe deixasse de julgar as pessoas.....
Ah tenho 2 filhos do coração e muitas histórias pra contar....valeu parabéns!!! sou a Gê amiga do G.

Pati Zappa disse...

Cesar, conheço o G e me diverti imaginando este passeio. genial o seu olhar para a situação e muito gostoso o jeito que a relatou para nós!
você são bravos guerreiros pais!!!
um abraço,
Pati Zappa

Anônimo disse...

Adorei!
As pessoas sao realmente preconceituosas. Recentemente, estava com uma amiga brasileira e um americano de meia idade que era meu vizinho nos EUA. Ele estava aqui a trabalho, eu era a unica brasileira que ele conhece em SP. Como eu conheço sua esposa e filhos, resolvi ser simpatica e levar o gringo p/ passear em SP. Depois de andar no Parque do Ibiarapuera, Paulista, Metro e etc, fomos jantar no Barbacoa no Shopping Morumbi. Foi quando percebi como as pessoas sao preconceituosas. Os garçons ficavam apontando para nós e cochichando, insinuando que éramos garotas de programa. Quando o cara quis pagar a conta, então, em agradecimento por todos os lugares que visitou, os garçons foram a loucura.
Achei tudo aquilo ridiculo, então entendo bem como voce e o G. se sentiram... Mas que sua historia foi engracada, foi... rssss

Giselle

Anônimo disse...

Meu amigo, que noite, heim!!! Pois, acho que vai render mais, já que as respectivas esposas tem o mesmo compromisso por mais duas 2as feiras e duas 4as feiras !!! Hahahaha.... muda de shopping, por que vcs não vão ao Frei Caneca??? Lá seria normal !!!
rsrsrs....Ótima crônica!
bjs,
Vânia

Anônimo disse...

no frei caneca nãaaoooooooooo.......

é suicidio

abaixo o preconceito a começar pelos narigudos

xara

Anônimo disse...

Muito bom, um dos seus melhores contos, estou rindo até agora....bombadinho com camisetinha apertada?... ainda bem que vc não tem barriga , se não achariam que o avanço da medicina já estava dando frutos.
abs
Pj.

PIO - gisellepio@msn.com disse...

Olá!

Meu nome é PIO, e sou amiga do G, que foi quem me mandou o texto.

Seria engraçado se não fosse trágico.
É nesse país onde ofendemos, (mesmo que de brincadeira) chamando uns aos outros de GAY, BIXA, viado e tantos outros adjetivos que somos obrigados a conviver com situações dessas.
Situações como essas deveriam, SIM, servir de lição. Onde mais que uma simples falta de respeito, fere a dignidade humana, de ser e estar; ir e vir. Ou simplesmente sermos nós mesmos.
Eu, homossexual, assumida infelizmente passo por isso diariamente, assim como tantos outros amigos homoafetivos.Nem mesmo uma "balada" é tão simples. Numa sociedade onde vivemos à base de rótulos, dogmas e guetos. Gays não frequentam baladas HT (hetero) - ou frequentam enrrustidamente - pq de 2, uma ou vc fica na sua ou vc toma porrada. Te olham feio ou te olham como se fossem um ser completamente estranho. O mais interessante é que os HT's vão às baladas GAYS e não querem sofrer assédio, atacam as meninas, batem nos meninos, e se escandalizam e nos fazem sentir o mesmo desconforto das suas festas sem cor.

Me desculpem o desabafo, mas o que vcs passaram por 3 horas é parte de TODA uma vida de milhares de pessoas.
Sei que para o meu querido amigo G foi um aprendizado, e que possa ser para mtos.

Um abraço,

GISELLE PIO

Natália Cassiano disse...

Uma situação hilária. Que nos faz pensar numa realidade triste.
O que para vocês durou algumas horas, faz parte da vida de quem é homossexual, ou de quem é 'diferente' do 'normal' de alguma forma. Só o uso da palavra 'normal' já denota o preconceito embutido na nossa sociedade.

Interessante ver como algumas pessoas estranham a situação, mas se esforçam para encará-la com naturalidade. Como a senhora que perguntou se as meninas eram irmãs. Ah, do jeito que eu sou já contaria da nossa lua de mel em Caldas Novas e da festa de união com direito a "I will survive". Iria morrer de rir da situação, por ser cômico me vestirem uma carapuça que não é minha.

Mas aquilo que você sentiu fica no ar. A discriminação velada ou o preconceito que chega ao extremo, como no que aconteceu na Avenida Paulista por esses tempos, persiste entre nós.

Atualmente tudo passou a ganhar um ar de politicamente correto, onde muitos criticam, julgam e condenam o que não está sujeito a julgamento: a vida, as escolhas, a essência de cada um; mas excluem, rotulam, sem a coragem de assumir a causa das suas atitudes, o preconceito.

Como ser motivos de olhares e mãos segurando o queixo dois homens passearem com suas crianças no shopping

Você mesmo Cesar, se pegou com medo de ser visto de uma forma diferente e mudou sua forma de agir para sair dessa situação, para se sentir igual novamente.
Ser visto como Gay te encomodou, mesmo que e talvez por não o ser.

Tempos atrás fiz uma pesquisa sobre homofobia para um trabalho de faculdade. Entrevistei o psicólogo e a assistente social do centro de apoio ao homossexual da minha cidade. Entrevistei também homossexuais, conversei com amigos e pessoas da minha família. Constatei chocada que meus pais e minha irmã, assim como grande parte das pessoas com quem conversei, acreditam que a homossexualidade é uma doença e que todo gay precisa de ajuda médica.

Acho incrível como tentam justificar o injustificável. É só ouvir os motivos para gays não serem aceitos no exército, ou para a homofobia na religião.
O cerne do preconceito está mesmo na ignorância. Tarefa difícil quebrar tabus, expor o assunto. Só dessa maneira ele poderá ser encarado com naturalidade.

Não soa algo meio absurdo que assumir sua sexualidade seja um ato de coragem?!

Bjo
Deva

Unknown disse...

Acredito, cesar, que independente do que seja, quando nos tiram por algo que não somos incomoda... Quando nos tomam por algo maior do que somos, se formos sinceros, damos aqule sorriso amarelo e desfazemos o mau entendido. Se por outro lado nos acham menos do que somos, ficamos até um pouco irritado, dependendo do nosso temperamento, e fazemos questão de desfazer o erro. Mesmo que a comparação seja por um igual, em vários aspectos, mas com diferenças tão marcantes como ser confundido com gays, vai incomodar pelo simples fato das pessoas não terem a real dimensão, ou compreensao de quem ou o que somos.

Certa vez ao andar por um shopping na area nobre aqui do Rio. Eu, cabeça raspada, bermudão e havainas, fui com meu amigo o "negão" fomos seguidos por 40 minutos pelos seguranças do shopping. Já não contento a irritação para bem de frente ao sujeito de terno e perguntei se ele tinha algo a nos dizer ou ia nos seguir até sairmos do estabelecimento...

Não é a mesma coisa de ser confundido com gays. Mas pré-conceito é tudo aquilo nos é atribuído sem um prévio conhecimento.

Forte abraço!
Arrebentou novamente!

PS. O texto anterior "Inferno" Cara, é de dar medo!! Rsrsrs

Ana Carolina Pires disse...

Realmente, não há o que discutir.... eu acharia o mesmo vendo a cena.....rsrs
Obrigado por facilitar nosso dia de trabalho com suas crônicas!
Bjs.

Anônimo disse...

Imaginei a cena, você numa situação gay, ahuahuahuuhauhauha


Beijos!
Regina

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Cesar: esta tua crônica tá hilária demais. Fico a imaginar a cena... Então estava pensando lá na nossa infância, no clube do Bolinha: menino brincava com menino e menina com menina. Aí a gente cresce, fica uns marmanjos e pega mal homem passeando com homem, num shopping com uma filha de cada lado... Que coisa!
Mas é bem assim, Cesar, certas coisas não têm jeito... Nem quero tocar em 'preconceitos' agora. Isso teria quilômetros para se escrever, teorias pra discutir. Mas pude ver pela sua narrativa o tamanho da saia-justa...
Se cada um cuidasse de sua vida certamente todos seriam mais felizes. Mas valeu, pelo menos saimos lucrando lendo este texto muito engraçado.

bjs / tais luso

Pedro Luso de Carvalho disse...

Cesar,

Muito boa essa história. E pela forma com que foi contada, cheguei a ver esses dois amigos passeando pelo shopping com suas respectivas filhinhas, pagando o maior mico. E, como me diverti com sua história, fiquei imaginando a reação das pessoas se vocês tivessem entrado num bar e, à meia-luz, degustado um bom vinho para aproximar mais o casal. Quem sabe se na próxima vez vocês pedem um bom vinho.

Parabéns por mais um excelente crônica,

Grande abraço,
Pedro.

Rodrigo de Moraes disse...

hahaha
Cesar meu amigo, está de parabéns novamente, fazia um tempo q não olhava seu blog, então lí todos os textos e esse fechou com chave de ouro...
vc consegue transformar um tema tão pesado como a homofobia em um texto divertido e leve pra se ler... Parabéns!

Henrique disse...

Pô Cesinha!

Assim vc traumatiza as meninas! Ter dois papais é demais. Faça assim: assuma de vez e seja você a mamãe. Que tal? Ahahaha!

abraço e parabéns.

(Morri de rir aqui na firma, ficou todo mundo me olhando.)

Henrique

Anônimo disse...

Show de crônica! Parabéns! Me doeu a barriga de tanto dar risadas!

Ah! Vc vai lançar outro livro? Gostei do tema! Vc deveria por aquela sinopse direto na página da frente, pra divulgar! na orelha lá no alto está muito escondida!

bjo
Magali
Cambuci/ SP

Cris França disse...

Cesar,

eu adoro te ler, você tem o tempo perfeito do humor, e a crítica social inteligente

um beijo em você no G, e nessas fofuras de meninas.

Natália Cassiano disse...

Cesar, reli agora o que escrevi sobre o seu texto.
Acho que me expressei mal.
Fui infeliz no comentário.
O que quis realçar é que se todos tivessem agido com naturalidade diante do suposto casal, talvez vocês nem notariam o fato cômico. Não se sentiriam em uma situação incomum.
Ah... realmente, não acho que você se encomodou...
Que eu saiba você não virou alguma espécie de móvel, virou? talvez em algum de seus contos...

Bjo Deva

Pedro Rodrigues disse...

Sensacional! Lembro do seu xará Cesar Povilho (Eduardo Sterblitch) que no programa do Jô afirmou que quando criança ele era gay. Mas depois que descobriu o que os gays fazem, ele parou de ser!rs Pelo jeito vcs continuaram por toda a noite!!!

Abraço para os dois! E bjs para as duas!

Arthur amigo do Fernando disse...

Hummm... que poesia! Muito bonitas as menininhas, parabéns ao casal!

Abços - Arthur

Anônimo disse...

Cesar,

relamente foi muito engraçada.
Mais ainda prefiro da da " Sadia"..hehehe

Bjs

Dalinha Catunda disse...

Olá Cesar,
Maravilha de crônica!!!
Prende a cada parágrafo, denuncia preconceito burro, é engraçada e bem atual.

Vou voltar com mais frequência.
Um abraço,
Dalinha

assistanto disse...

Huahauahauahaua....Que susto!! Você é realmente um grande escritor! God bless!!

Pedro Luso de Carvalho disse...

Cesar,

Estou de volta a esta postagem, mas desta vez para desejar ao amigo e sua família um Feliz Natal e um ano de 2001 com muitas crônicas e contos, aqui na Web e também nas livrarias, quem sabe com o seu romance, que está sendo escrito.

E por falar em livraria, espero que o seu excelente livro de contos, O HOMEM SUPRIMIDO, que já tive a oportunidade e o privilégio de ter lido, esteja tendo uma boa aceitação pelos leitores, que é o que a obra merece, sem favor algum.

Saúde e paz,
Pedro.

Fernanda M. Mesquita disse...

Excelente esta sua crónica! Ao seguir os vossos passos por esse shoping e ao conseguir visualizar as imagens, fiquei a pensar por quantos falsos personagens passamos, segundo o julgamento dos outros. É incrivel o que que preocupa as pessoas é o parecer e não o ser. Quantas pessoas passaram por voçês e vos criticaram e bem escondido cometem o crime de terem vida dupla, por medo e vergonha... e depois apontam o dedo a quem se mostra e acabam cometendo erros, como este. A homosexualidade não me incomoda, incomoda-me aqueles que enganam, formam uma familia, dita normal com uma identidade falsa, porque a verdadeira corre à procura dos prazeres escondidos pela ruas escuras, Isso, sim é crime. Para mim todo o ser humano é normal desde que não engane ou desrespeite o outro. Por vezes já tenho dito a algumas pessoas que se sentem incomodadas com os homossexuais, se tal incomoda não é sinal de segurança em relação à sua identididade sexual. Porque quem sabe o que quer, não se incomoda com o que os outros escolhem para si.
Parabéns mesmo pelo texto.
Fernanda

Cláu Gomes disse...

Bem que o G me disse que era muito boa!!
O melhor foi a velhinha de cabelo lilás...e tb(pelo menos foi com alguém em quem eu confio).
kkkkkkkkkkk
adorei. bjs
Cláu Gomes

Elizabeth disse...

Oii César, adorei, como todos os seus trabalhos...me diverti bastante imaginando a cena...kkkkk